quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Se sexo é o que importa, só o rock é sobre amor

Hoje eu vim falar de mulher. Afinal é disso que nós, piás, gostamos. Em clima de férias então, melhor ainda. Mulher, futebol e cerveja. Eu sei que eu não bebo, mas deixe-me pagar de gatão, poxa. Boleiro eu sou de carteirinha, naquele estilo: “se tem pelota eu tô!”. Quanto às mulheres, recuso-me a acrescentar algo. Olhe pela janela e assista uma passar. Elas respondem por si só o motivo de nossa adoração. Essa que passou na janela, por exemplo, que coxas, não?

Antes de tudo, a minha apresentação. Apesar de a minha irmã achar que sou um micareteiro pegador, nunca fui um garoto da pegada. Encaixo-me melhor no clube “dos que acreditam em amores feito comédias românticas britânicas e canções de amor dos anos 60” (essa é tua, fera). Fica evidente que, assim como o Bentinho em Dom Casmurro, as emoções me dominam. Não completamente, mas dominam.

Pois é. Foram justamente Bentinho e a mini-série Capitu que acenderam a minha vontade de vir aqui falar de mulher. Eu sei que idealizar mulheres e garotas não está com nada, mas tive que me perguntar se a Capitu, do olhar dissimulado, a mesma que colocou um dos mais lembrados chifres da história da literatura nacional na cabeça do Bentinho, valeria a pena. Já ouvi dizer que esse é o ideal de mulher, gata e provocante – não confie nelas, problema na certa!

Ainda não li Iracema, mas me disseram que ela é uma índia apaixonada e submissa. Deve ser encantadora, mas não tão apaixonante como a Capitu. Encanto e paixão. Parece até nome de novela mexicana, diz aí. Eis então que, questionador que sou e eterno amante do meio-termo, pergunto-me se não seria uma Índia apaixonada e dissimulada o ideal perfeito. Não sei...

Chego a três conclusões. Primeiro que idealizar mulheres e garotas realmente não está com nada, visto que não leva a lugar algum. Segundo que mesmo que tivessem muitas índias apaixonadas e dissimuladas por aí, talvez essas não possuíssem o mesmo sal que Capitu e Iracema possuem separadamente. E por último que preciso conseguir o número daquela menina que passou na janela agora a pouco.