terça-feira, 3 de março de 2009

Voltando pra casa depois de um dia chato

"Encarando o marasmo, de olho no teto que o teto é bonito.
Vivendo às migalhas, porque nas migalhas há teco e infinito.
Mas hoje não foi assim, tão assim como era pra ser.
Porque hoje o dia foi frio, e se foi frio, que se há de fazer?

Eu sorri no caminho, mas sorri de canto, sorri bem pouquinho.
É que eu vi um menino bricando, brincando que nem menininho.
E lembrei do tempo em que tinha tempo, tempo esse que nem bem vi.
Pois que olhei pra mim e me disse, sem muito dizer: "é, pois é, eu cresci".

E ninguém nunca me perguntou como é que eu queria ver a vida.
Se queria vê-la passando, passeando, pensando ou cumprida.
Mas belezinha, porque eu também nunca perguntei a ninguém.
Só aprendi que é legal ser da paz, do bom, do melhor e do bem.

Isso que sucede com a gente, sucede sempre sem explicação.
E a gente fica procurando, e chama de muita coisa, inclusive de ilusão.
Mas a gente esquece de esquecer que a gente é que passa um dia.
E vive assim: Fechando porta, ferindo, matando o presente e a poesia."

(Por Mel)