sábado, 9 de agosto de 2008

Camisa 10

A bola da vez no mundo inteiro é a Olimpíada lá na China. Mas, como um amigo meu disse, não é essa a verdade para o aluno do COTEC (colégio onde estudo). Afinal, os campeonatos internos de futsal (masculino e feminino) do colégio começaram. E os campeonatos do COTEC não são campeonatos comuns. Ginásio lotado de guris e gurias se esperneando e gritando para defender os seus cursos, rivalidades e competidores querendo mostrar os seus valores. Alá jogos universitários.

Nessa semana, eu tive a oportunidade de assistir a um jogo entre um time de bichos contra um de veteranos do 2º ano. Era perceptível o nervosismo dos bichos: a bola parecia batata quente nos pés de cada um deles. E é justamente para comentar a respeito disso que resolvi escrever esse texto.

No primeiro ano, a maioria dos jovens não confia no seu taco. Só de olharem para aquele ginásio lotado, já tremem na base. Insegurança total. No segundo ano, a confiança aumenta, mas ainda falta experiência, malandragem. Quando chega o terceiro ano, a história é outra. Enquanto eu assistia ao jogo, meus pés coçavam para entrar na quadra. Os erros e medos dos bichos pareciam servir de estimulantes. A vontade de mostrar como é que se faz era muito grande.

Eu tenho um amigo que sempre me diz que a vida é como uma partida de futebol ou futsal, tanto faz. Você precisa ser camisa 10 e chamar a responsabilidade para si. Quando a barra está preta, precisa-se ter calma, para colocar a bola no chão, respirar, e fazer o seu jogo. Confiança. E apesar de parecer fácil no papel, poucas são as pessoas que conheço que são verdadeiramente camisas 10 em tudo o que fazem.

O fato é que, apesar do meu time não ser o favorito, eu nunca me senti tão confiante. O ano passado bateu na trave com o vice-campeonato e esse ano eu sei que o título será nosso. Nada me impede de sonhar. Mas mesmo que o meu time não venha a ser campeão, eu sei que a minha parte eu vou fazer. E é essa a graça dos esportes: lições de vida, ensinamentos de disciplina, união e determinação.

Embora eu não seja o camisa 10 do meu time (visto a camisa 7), hoje, com a bola nos pés, eu sou uma pessoa completamente diferente. Ou talvez eu seja eu mesmo, vai saber. Grande parte dessa minha confiança eu devo ao meu amigo, esse que eu comentei aí em cima, que sempre me diz que a vida é como uma partida de futebol, e todo o mais. E como hoje é aniversário dele, eu queria dedicar esse texto para ele. Parabéns André, você é fera. Um legítimo camisa 10 de seleção brasileira.

Um dia eu serei confiante como ele em tudo, e não só no futsal.

Um comentário:

Mel disse...

XD serás um baita camisa 10, não tem dúvida. da lábia pra isso, o sr. já está muito bem servido.

ps: *-* a.d.o.r.e.i a parte do "vou me prostituir em Porto Seguro", no post lá embaixo!

^^/ bjo.